Sempre que volto para Araçatuba, escrevo neste blog. E isso acontece porque antigamente….a saudade me fazia chorar…
Hoje….ela me faz pensar.
Voltar para Araçatuba é dar risada da pequena distância.
Ontem, ao chegar de madrugada, pude ver o carro do meu pai seguindo o ônibus em direção à rodoviária. Minha casa fica bem próxima de lá. Em cinco minutos, estava na minha antiga cama, com todas aquelas sensações de dormir no meu velho e companheiro quarto.
Voltar para Araçatuba é quebrar regras.
Meu pai ficou até às 1h assistindo Jô. Nesse dia, ele tinha saído com a minha mãe e um casal de amigos, e ainda estava com o clima alegre como se eu estivesse chegando às 10 da noite. No caminho, sem querer, quebrei regras:
– Pai, você precisava ver o tamanho da festa junina que estava tendo na estrada Bauru. Um “par” de gente.
Nessa hora, demos risadas.
Soltei o “erre”. Saí das regras. Meu pai percebeu. E riu.
Esqueci de pronunciar o “R” arrastado de São Paulo. Aquele em que se fala “porrrrrrta” e não “poRta”.
Depois de morar um tempo em Sampa, e de estudar jornalismo, a gente acaba pegando o jeito de falar sem usar o “caipirês” ou “country” como disse um dia desses, um amigo professor.
Mas quando se volta para a casa, em que o ambiente de trabalho ficou há 500 km de distância, não há sotaque que não queira aparecer.
Voltar para Araçatuba é não sentir frio.
É achar que frio mesmo, faz em São Paulo. Que o frio daqui, é um calor preguiçoso, que em breve vai aparecer junto ao sol.
Voltar para Araçatuba é preparar-se para voltar a São Paulo
É retocar a tinta do cabelo, cortar as pontas e visitar a manicure de confiança.É ir ao dentista para finalmente dar um jeito naquele dente do ciso que não pára de incomodar.
Voltar para Araçatuba é ouvir o silêncio
Dormir sem ambulâncias, polícias, helicópteros. O som do silêncio é o melhor que existe, e se eu pudesse levaria um punhado dele na mala, para Sampa.
Depois de quase três anos, nunca a sensação de voltar para a Araçatuba foi tão boa. Antes, quando voltava, pensava em ficar. Em deixar a metrópole para lá.
Hoje, com um caminho de felicidade traçado por lá, não há mais dúvidas ou choros. Cada lugar traz sensações incrivelmente diferentes.
E quando se tem as certeza, não há mais com que se preocupar. É como ter duas casas e um coração.
“E quando se tem a certeza, não há mais com que se preocupar. É como ter duas casas e um coração”>Gosteu mto, pq hj tbm tenho a certeza de estar no caminho certo, e bem acompanhada!!!!! hehehe>>Amo vc e sinto saudade, viu??>>Bjinho
regressar às nossas origens e ver como cresecemos e mudamos, mas preservamos a essência é muito bom né?
EU QUERO UMA ARAÇATUBAAAAAAAAAA!!!!!!!! AAAAAAHHH EU QUERO UM LUGARP RA FUGIR DAQUI!!!!
Clarinhamigaaaa!>Você escreve cada vez melhor, amiga! Esse texto em homenagem à volta ao ninho está precioso. Deixe um gostinho de “uqero mais”.>Beijo.
Oi Querida,>>Gostei do seu texto é muito bom ver uma pessoa que valoriza as raízes. Voltar pra casa faz com que não esqueçamos quem somos.>>Bjs
Eu sou de Araçatuba, minha cidade natal. Cresci nesta terra simples, mais com muito amor. Meu pai, um antigo ferroviário, antonio coimbra, (hoje falecido) era o soldador da Estrada de Ferro NOB – Noroestedo Brasil.>Eu lembro quando ele saía para os chamados “socorros”, de madrugada para acudir vagões que caíam no barranco.>Trabalhou mais de 40 anos, e contava muitas histórias. nasci onde a cidade nasceu. Às margens da Estrada de Ferro. Calma, não sou tão velha assim, mas conhecendo a história da cidade, sei que onde nasci e vivi meus primeiros anos, foi onde a cidade se desenvolveu.>>Hoje tenho outra vida bem longe, no RS, mas a medida do possível, estou sempre lá, para reviver de onde eu saí e me alegrar sempre.>>Para celebar os 100 anos este ano, desde o ano passado (2007), estou facenod albuns de Araçatuba – fotos antigas e novas ou de hoje. Se quiserem dar uma olhada , foram postadas no PICASA—->>A todos que amam esta cidade, o meu abraço graaaannnndeeee…..>>http://picasaweb.google.com/nisilco