Eu gosto da Bienal de Artes e de tudo o que ela me traz.
A continuidade, o fazer, o processo que não se acaba jamais.
Ir na Bienal é sair dela sem conclusões. É deixar de arrumar explicações para tudo e se desprender até de possíveis irritações que ela possa causar.
Não vou mais à Bienal para discutir arte porque essa é subjetiva, pessoal e por vezes cheia de motivos e sentimentos.
Ir à Bienal é se a dar chance de voltar a ela – nem que seja em casa, no pensamento, em discussões solitárias ou com amigos.
Se deixar levar pela Bienal é esquecer os pés que ficam cansados, com bolhas e enfadados de tanta arte. É ir sozinho ou bem acompanhado, para dividir, compartilhar e até não falar nada.
Um tanto bizarra, bonita e incompreensível, a Bienal de Artes vai ser sempre assim. Uma definição diferente para cada um.
“Ir à Bienal é se a dar chance de voltar a ela – nem que seja em casa, no pensamento, em discussões solitárias ou com amigos.”
Essa definição foi Deus quem sobrou na sua alma, fale a verdade!