eu depositei o dinheiro pra você – obrigada mãe – você precisa de algo? – não sei o que estou sentindo hoje – tudo vai ficar bem filha – pai, ei pai – gravei um filme para você, filha – você pescou hoje? – eu vou te mandar uma foto com o peixe – sinto sua falta – sinto tanto – estou ouvindo uma música tão bonita – filha, a gente tomou vinho hoje – faltou você – só você mesmo – já falei que minha vida é vocês? – tão corrido – não sei como lidar – eu te ajudo, filha – me sinto plena – me sinto – faz aquele arroz doce? – seu pai foi pro sítio – sua mãe está pensando tanto em você – eu tirei as cartas, filha – tudo está tão certo – e eu amo tanto – e viajo – penso – e procuro – vocês estão escutando esta música? – o som aqui está alto, filha – logo te ligo – já te escrevo – você leram aquela revista? – mãe, me ajuda – sempre – sempre – sou tão feliz – percebe? – estou segurando a mão de vocês – você sente pai? – meu coração – mais forte – e se acalma.
Clara
cada vez você me surpreende mais.
E como queria te surpreender no meio de um texto com gestos que palavras mil não reproduziriam ou revelariam na exatidão de seus intento…
Como disse Iberê Camargo certa vez:
“É preciso voar. Mesmo sem ter asas.
Voar, voar, voar…Sempre voar!”
E em tuas leituras, eu vôo.
Muito obrigada Joubert ;)
Sempre aquele gostinho de quero mais…
Beijo