quando não precisava sair para encontrar um possível amor de sua vida.
porque ela já o tinha. um canto seguro. alguém para mandar e receber whats app.
um toque. uma dança. tudo certinho, e desmoronou.
eu também queria a minha vida antes de 2017. o fatídico.
a minha coragem, meus pulos, meu ir e vir sem medo.
eu não sou a mesma. renasci de outra forma.
mas olha, eu continuo sendo alguém.
é que talvez o momento atual não seja o nosso melhor.
a gente não precisa existir como capa de revista em que o hoje é sempre a nossa fase mais brilhante.
muitas vezes não é. e também não sabemos se vai ser de novo.
talvez o nosso melhor tenha sido com 24 anos. com 50 ou 90. uma fase que a gente lembra com carinho. tem inveja de nós mesmos. revive o vigor na memória. a beleza que irradiava do rosto.
mas, veja.
sinta saudades. tenha apego. abrace aquele passado que te encheu de orgulho.
mas solte-o.
estamos vivos. e melhores ou piores, continuamos aqui.
com o privilégio de tentar. e viver.
o hoje pode não ser como aquele dias, mas ainda são dias.
Como eu gosto dos teus textos, Clarita…
“sinta saudades. tenha apego. abrace aquele passado que te encheu de orgulho.
mas solte.” Perfeito e verdadeiro.
bjs